Aniversário da sogra, a família ruma para Jacarepaguá para a comemoração num bar de um amigo do sogro. Legal! Festa de família, celebração entre amigos, chope, churrasco. Chope e churrasco? Ok. Não tomo chope, não como churrasco, mas sou ótima companhia. Água e alguma coisa qualquer do cardápio do bar me satisfazem. Bom, pelo menos era isso que passava pela minha cabeça até chegar ao bar.
Primeiro é necessário esclarecer que demoramos a encontrar a entrada do bar. Talvez porque bar é uma certa força de expressão. Depois de subir e descer ladeira a procura da porta de entrada do tal local, encontramos o sogro, a sogra e os convidados dentro de uma garagem. Garagem mesmo. Com direito a uma Kombi estacionada caindo aos pedaços com alguma inscrição tipo Taquara-Caxias.
Tudo bem, é aniversário da sogra, festa em família. Senta e relaxa. Os sogros estão animados. A aniversariante espera o churrasco que já começa a cheirar na churrasqueira. Churrasqueira de metal, claro! Eu que como disse não como churrasco estava mais interessada em beber um pouco de água. Água? Como água? Dentro da garagem só cerveja. O bebê sente sede e o dono do bar oferece:tem coca cola, ela quer? A bebê não toma refrigerante.
Água não tem. A fome começa a apertar, não tem cardápio. Tem batata frita, pode ser? Não, obrigada. Não como batata frita.
Mas tudo bem. A alegria da sogra é contagiante. Esperando o churrasco que, assumo, está cheiroso. Mas já cheirava há um tempo e nada de sair. Faminta, a sogra levanta, vai até a churrasqueira de metal e descobre: o churrasco não é da senhora, não. Seu marido não trouxe carne para queimar.
O barraco entre os sogros não dura muito. Não tem comida, mas tem bebida e um vídeoke .Sim, um videoke escondido no canto da garagem. Onde a tia... Espera aí porque a tia vale um parágrafo.
A tia canta. Canta sempre. Em todas as festas de família. No casamento da filha, na despedida do sobrinho, no aniversário dela e dos outros. Então vídeoke e tia são a combinação perfeita para uma noite de diversão. Ou não. O repertório da tia caminha pelas serestas que só ela conhece a tem o ápice quando chega em Ronda (de noite eu rondo a cidade a te procurar). O resto da família assiste e sob pressão do tio aplaude as apresentações.
Sem comida, sem bebida, escutando Ronda. O pior da Cilada é quando ela não vai ao ar no Multishow.
Laranjas Bahia - CATUPIRIGO
Há 13 anos